Simone chega ao Recife com o show "Na Veia"
Simone chega ao Recife com o bem-sucedido show Na Veia, onde grava o quarto DVD da carreira, dias 10 e 11 de abril, no Teatro Guararapes.
“Acalma a Bola, rola a bola, trata a bola, limpa a bola que é preciso faturar. É bom jogar com muita calma, procurando pela brecha pra poder ganhar”. Os versos de Gonzaguinha -compositor sempre presente na trajetória de Simone - em Geraldinos e Arquibaldos sintetizam um pouco a atual fase da cantora: no auge da maturidade artística, traz a público um show essencial, sereno e fiel às próprias convicções. Simone Na Veia, que chega ao Recife nos dias 10 e 11 de abril, no Teatro Guararapes, após ter passado por nove capitais brasileiras em 2009, com direção de José Possi Neto é, antes de mais nada, um show de Simone. Não é qualquer intérprete que pode se orgulhar de ter uma assinatura tão marcante, independente do que ele cante. Simone pode. E depois de quase quatro décadas de uma bem sucedida carreira, isso se evidencia como nunca antes. O que torna possível num trabalho como esse, que contempla compositores de universos tão distintos, uma unidade da primeira à ultima faixas:
- Eu sempre falei e cantei o amor. Para o disco Na Veia, que dá origem a esta minha turnê, liguei para todos os compositores que me enviaram canções, ou até mesmo os encontrei, e disse: é um trabalho feliz, para cima, que fala do amor em todas as suas formas, jeitos e maneiras – Simone dá a pista.
Na Veia é o primeiro disco de canções inéditas da intérprete em cinco anos – o último foi Baiana da Gema, de 2004, no qual homenageou Ivan Lins. O resultado é completamente distinto de seus trabalhos anteriores, mas com cara de Simone. O amor, um dos assuntos mais constantes na discografia da intérprete, também predomina neste novo show, mas sob um enfoque mais amplo: não coincidentemente, a mulher, o sujeito principal das canções aqui, expõe livremente seus desejos, seduz, põe fim à relação e também anseia por liberdade. Tanto as composições quanto a interpretação precisa e sutil conferem uma abordagem contemporânea e atual ao tema mais recorrente no cancioneiro do Brasil, como explica José Possi Neto:
- Simone Em Boa Companhia é pra cima, o show da paixão e do desejo. Ilustra bem o prazer de Simone em se relacionar com o público, afinal, ela é uma artista talhada para o palco, e hoje está amadurecida, tem domínio total do seu ofício. E em termos de sonoridade, é o trabalho mais contemporâneo dela nos últimos 20 anos.
E essa paixão vem pelas mãos de compositores em sua maioria já gravados pela intérprete. Dividindo o roteiro com a cantora, Zé Possi dá a pista: “Simone sempre cantou muito bem, como poucas, temas de amor e sambas, portanto eles estão muito presentes no repertório. O restante são as belas canções, a maioria inédita, do novo disco, que estará na íntegra”.
Mas Simone também abre espaço para um novo talento: de Paulo Padilha, compositor da cena alternativa paulistana, ainda pouco conhecido do grande público, inclui Love. Adriana Calcanhotto comparece com duas: Definição da Moça (sobre um texto de Ferreira Gullar) e Certas Noites (com Dé Palmeira). Na última, versos como “Certas noites eu sou só do samba, eu sou da orgia/ Nessas noites você não me encontra, meu bem/ Nem dentro da lei/ Às vezes eu vou deixar a razão pela folia” radiografam a mulher de hoje, independente e decidida nas relações. Em díptico também aparece Erasmo Carlos, seja na inconformada letra de Migalhas, ou na ternura de Hóstia, esta em parceria com Marcos Valle – “ Apesar de já ter gravado o Erasmo meninão, fiquei muito feliz quando recebi esses presentes maravilhosos. Ele mandou duas e eu gravei as duas”.
Autor de clássicos na voz de Simone, como Jura Secreta e Alma, Abel Silva também marca presença com Pagando Pra Ver, um ‘blues feliz’ segundo ele próprio, em parceria com Nonato Luis. Martinho da Vila, a quem a ‘cigarra’ já dedicou um disco inteiro na década de 90, também traz a novíssima Na Minha Veia (com Zé Catimba). Simone Na Veia, o show, segue na cadência do samba com Paulinho da Viola, que marca presença com Ame (“esta canção é tudo que eu acho e acredito do amor”, contextualiza a cantora) e Deixa Eu Te Amar, um sucesso de Agepê, que aqui aparece completamente despido e renovado, e chega até a parecer um clássico de... Simone.
Continuando, uma inédita de Marina, Bem Pra Você (também com Dé Palmeira), e ainda uma composição da própria Simone, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, de 76, que permaneceu inédita até agora: “Vale a Pena Tentar eu fiz há muito tempo, tanto a melodia quanto a letra, e pedi para o Herminio terminar o texto. Mas prefiro cantar...rs”.
Completam o roteiro do show Certas Coisas – clássico de Lulu Santos - , Perigosa (primeira incursão de Simone no repertório de Rita Lee), além de canções do repertório de Simone que ela já não cantava há muito tempo, como Tô Que Tô (Kleiton e Kledir), Paixão (Kledir) e Face a Face (Sueli Costa/Cacaso), esta última do antológico álbum homônimo de 1977. O restante são surpresas.
Simone Na Veia atesta, após 36 anos de carreira, o gosto que a ‘cigarra’ tem em cantar, e o quanto este prazer permeia cada poro deste show, tornando-o, acima de tudo, um espetáculo de Simone.
Além da direção e de dividir o roteiro com Simone, José Possi Neto assina também a luz e a direção de arte do espetáculo. A cenografia, a cargo de Jean Pierre Tortil, se baseia em sobreposições de transparências e brilhos que conferem, no plano físico, a leveza que permeia o conceito do espetáculo.
Ficha Técnica:
Roteiro: Simone e José Possi Neto
Direção: José Possi Neto
Cenário: Jean Pierre Tortil
Coordenação de Produção: Pedro Seiller
Iluminação: José Possi Neto e Rogério Wiltgen
Direção Musical, Teclados e Acordeom: Julinho Teixeira
Guitarras e Violões: João Castilho e Walter Villaça
Baixo: Fernando Souza
Bateria: Carlos Bala
Percussão: Sidinho Moreira
Técnicos de Som: Aguinaldo Ramos e José Almeida
Assistente de Palco: Reginaldo Ferreira
Cenotécnico: Marcelo Coutinho
Maquiagem e Cabelo: Márcio Granado
Produção: Marília Aguiar
Realização: Cigarra Produções Artísticas
Serviço
Datas: 10 e 11 de abril
Horários: sábado, dia 10, às 21h, e domingo, dia 11, às 20h
Local: Teatro Guararapes
Ingressos: R$80,00 platéia vip (dez primeiras fileiras) e R$60,00 platéia normal (R$40,00 e R$30,00 meia-entrada)
Pontos de venda: bilheteria do teatro e Livraria Saraiva do Shopping Recife
Telefone: 3182.8020
“Acalma a Bola, rola a bola, trata a bola, limpa a bola que é preciso faturar. É bom jogar com muita calma, procurando pela brecha pra poder ganhar”. Os versos de Gonzaguinha -compositor sempre presente na trajetória de Simone - em Geraldinos e Arquibaldos sintetizam um pouco a atual fase da cantora: no auge da maturidade artística, traz a público um show essencial, sereno e fiel às próprias convicções. Simone Na Veia, que chega ao Recife nos dias 10 e 11 de abril, no Teatro Guararapes, após ter passado por nove capitais brasileiras em 2009, com direção de José Possi Neto é, antes de mais nada, um show de Simone. Não é qualquer intérprete que pode se orgulhar de ter uma assinatura tão marcante, independente do que ele cante. Simone pode. E depois de quase quatro décadas de uma bem sucedida carreira, isso se evidencia como nunca antes. O que torna possível num trabalho como esse, que contempla compositores de universos tão distintos, uma unidade da primeira à ultima faixas:
- Eu sempre falei e cantei o amor. Para o disco Na Veia, que dá origem a esta minha turnê, liguei para todos os compositores que me enviaram canções, ou até mesmo os encontrei, e disse: é um trabalho feliz, para cima, que fala do amor em todas as suas formas, jeitos e maneiras – Simone dá a pista.
Na Veia é o primeiro disco de canções inéditas da intérprete em cinco anos – o último foi Baiana da Gema, de 2004, no qual homenageou Ivan Lins. O resultado é completamente distinto de seus trabalhos anteriores, mas com cara de Simone. O amor, um dos assuntos mais constantes na discografia da intérprete, também predomina neste novo show, mas sob um enfoque mais amplo: não coincidentemente, a mulher, o sujeito principal das canções aqui, expõe livremente seus desejos, seduz, põe fim à relação e também anseia por liberdade. Tanto as composições quanto a interpretação precisa e sutil conferem uma abordagem contemporânea e atual ao tema mais recorrente no cancioneiro do Brasil, como explica José Possi Neto:
- Simone Em Boa Companhia é pra cima, o show da paixão e do desejo. Ilustra bem o prazer de Simone em se relacionar com o público, afinal, ela é uma artista talhada para o palco, e hoje está amadurecida, tem domínio total do seu ofício. E em termos de sonoridade, é o trabalho mais contemporâneo dela nos últimos 20 anos.
E essa paixão vem pelas mãos de compositores em sua maioria já gravados pela intérprete. Dividindo o roteiro com a cantora, Zé Possi dá a pista: “Simone sempre cantou muito bem, como poucas, temas de amor e sambas, portanto eles estão muito presentes no repertório. O restante são as belas canções, a maioria inédita, do novo disco, que estará na íntegra”.
Mas Simone também abre espaço para um novo talento: de Paulo Padilha, compositor da cena alternativa paulistana, ainda pouco conhecido do grande público, inclui Love. Adriana Calcanhotto comparece com duas: Definição da Moça (sobre um texto de Ferreira Gullar) e Certas Noites (com Dé Palmeira). Na última, versos como “Certas noites eu sou só do samba, eu sou da orgia/ Nessas noites você não me encontra, meu bem/ Nem dentro da lei/ Às vezes eu vou deixar a razão pela folia” radiografam a mulher de hoje, independente e decidida nas relações. Em díptico também aparece Erasmo Carlos, seja na inconformada letra de Migalhas, ou na ternura de Hóstia, esta em parceria com Marcos Valle – “ Apesar de já ter gravado o Erasmo meninão, fiquei muito feliz quando recebi esses presentes maravilhosos. Ele mandou duas e eu gravei as duas”.
Autor de clássicos na voz de Simone, como Jura Secreta e Alma, Abel Silva também marca presença com Pagando Pra Ver, um ‘blues feliz’ segundo ele próprio, em parceria com Nonato Luis. Martinho da Vila, a quem a ‘cigarra’ já dedicou um disco inteiro na década de 90, também traz a novíssima Na Minha Veia (com Zé Catimba). Simone Na Veia, o show, segue na cadência do samba com Paulinho da Viola, que marca presença com Ame (“esta canção é tudo que eu acho e acredito do amor”, contextualiza a cantora) e Deixa Eu Te Amar, um sucesso de Agepê, que aqui aparece completamente despido e renovado, e chega até a parecer um clássico de... Simone.
Continuando, uma inédita de Marina, Bem Pra Você (também com Dé Palmeira), e ainda uma composição da própria Simone, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, de 76, que permaneceu inédita até agora: “Vale a Pena Tentar eu fiz há muito tempo, tanto a melodia quanto a letra, e pedi para o Herminio terminar o texto. Mas prefiro cantar...rs”.
Completam o roteiro do show Certas Coisas – clássico de Lulu Santos - , Perigosa (primeira incursão de Simone no repertório de Rita Lee), além de canções do repertório de Simone que ela já não cantava há muito tempo, como Tô Que Tô (Kleiton e Kledir), Paixão (Kledir) e Face a Face (Sueli Costa/Cacaso), esta última do antológico álbum homônimo de 1977. O restante são surpresas.
Simone Na Veia atesta, após 36 anos de carreira, o gosto que a ‘cigarra’ tem em cantar, e o quanto este prazer permeia cada poro deste show, tornando-o, acima de tudo, um espetáculo de Simone.
Além da direção e de dividir o roteiro com Simone, José Possi Neto assina também a luz e a direção de arte do espetáculo. A cenografia, a cargo de Jean Pierre Tortil, se baseia em sobreposições de transparências e brilhos que conferem, no plano físico, a leveza que permeia o conceito do espetáculo.
Ficha Técnica:
Roteiro: Simone e José Possi Neto
Direção: José Possi Neto
Cenário: Jean Pierre Tortil
Coordenação de Produção: Pedro Seiller
Iluminação: José Possi Neto e Rogério Wiltgen
Direção Musical, Teclados e Acordeom: Julinho Teixeira
Guitarras e Violões: João Castilho e Walter Villaça
Baixo: Fernando Souza
Bateria: Carlos Bala
Percussão: Sidinho Moreira
Técnicos de Som: Aguinaldo Ramos e José Almeida
Assistente de Palco: Reginaldo Ferreira
Cenotécnico: Marcelo Coutinho
Maquiagem e Cabelo: Márcio Granado
Produção: Marília Aguiar
Realização: Cigarra Produções Artísticas
Serviço
Datas: 10 e 11 de abril
Horários: sábado, dia 10, às 21h, e domingo, dia 11, às 20h
Local: Teatro Guararapes
Ingressos: R$80,00 platéia vip (dez primeiras fileiras) e R$60,00 platéia normal (R$40,00 e R$30,00 meia-entrada)
Pontos de venda: bilheteria do teatro e Livraria Saraiva do Shopping Recife
Telefone: 3182.8020
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